Traje oficial das soberanas da 35ª Oktoberfest de Igrejinha faz resgate cultural e histórico
Vestido preto com detalhes em renda e pontos de luz
marcam o traje do ano do Bicentenário da Imigração Alemã no Brasil
Um momento aguardado pelas
soberanas da Oktoberfest de Igrejinha e a comunidade da região é a apresentação
dos trajes oficiais do trio. No último sábado (29), através das redes sociais
da Oktober, a comunidade conheceu a vestimenta principal das soberanas da 35ª
edição da maior festa comunitária do Brasil. Os vestidos, que as acompanharão
no período de divulgação e realização do evento, já foram usados pela Rainha
Roberta Klein e as Princesas Tainá dos Santos e Daniela Coitinho Hachenher
durante a escolha das soberanas da 39ª Oktoberfest de Santa Cruz do Sul, evento
no qual Roberta foi jurada.
Fernanda Wallauer, esposa do
presidente da Amifest (Associação de Amigos da Oktoberfest de Igrejinha) e diretora do Espetáculo “Arte e
Magia” que anunciou a corte deste ano em abril, explica que as soberanas e seus
trajes desempenham um papel importante na promoção e preservação das
tradições germânicas. “Os trajes que elas usam durante o reinado não apenas
simbolizam a festividade e a tradição, mas também servem como um meio de
representação e continuidade cultural para a comunidade, refletindo não apenas uma
estética tradicional, mas também valores de identidade, orgulho e preservação
cultural para toda a comunidade envolvida”, pontua.
Com o apoio de Fernanda, os trajes oficiais foram
desenvolvidos pelos especialistas em trajes típicos alemães,
Wilney e Rejane Haberkamp da Rewil Confecções, da cidade de Imigrante/RS.
Traje
aposta na elegância do preto e da renda
Inspirado em vestidos antigos, o
traje oficial das soberanas desta edição tem a cor preto como predominante. A
escolha reflete a simbologia para o Bicentenário da Imigração Alemã, comemorado
neste ano no Brasil. Presente na bandeira da Alemanha atual, a cor representa
as condições que as pessoas viviam e também a honra aos antepassados que
construíram e lutaram pelo país. “Além disso, em algumas regiões da Alemanha
muitas mulheres casavam-se de preto. Essa cor nada mais é que a mistura de
todos pigmentos, sendo considerada poderosa, neutra e adequada para a realeza,
já que é normalmente associada à elegância e força”, explica Wilney.
O estilista detalha que o corpo
do vestido é inspirado nos espartilhos muito usados até o século XIX, bem
característicos pelas cordas nas costas para modelar o corpo. Esse trançado
também remete aos trajes alemães, porém normalmente é usado na frente. “Já a
renda de veludo preto é aplicada em todo corpo, formando linhas na saia, com
seus pontos de luz que emanam das flores, irradiando a alegria da Oktober”,
ilustra. “As saias são amplas e nobres, enquanto a blusa off-white
possui mangas de organza bufantes e decote com pequeno babado, algo bem
característico alemão. A blusa branca é em renda e manga longa sino, enquanto
uma blusa de renda preta completa a nobreza do conjunto”, acrescenta Wilney. Para os dias mais quentes,
foi desenvolvida uma opção de blusa em lurex nobre com manga japonesa godê.